Valor Econômico: Mais severa, taxação ao aço pelos EUA pode incluir novos itens

Opinião Jurídica: “É uma medida horizontal e ainda está em aberto como será aplicada. Felipe Rainato – Gerente da área de Comércio Internacional do escritório Hondatar.

Em entrevista concedida ao Valor Econômico, especialistas entendem que é melhor negociar com EUA antes de medida entrar em vigor.

Mais agressiva do que a tarifa sobre aço e alumínio estabelecida em 2018, a nova medida de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, tem como alvo um número maior de países, atingindo até mesmo os países fronteiriços, pode incluir novos itens na lista de derivados de aço sujeitos à tarifa de 25% e promete ser mais severa na fiscalização das importações americanas, obrigando as empresas do setor a suportar maiores custos de conformidade.

Especialistas apontam que o melhor caminho para o Brasil é a negociação diplomática até 12 de março, quando as medidas entram em vigor. Na incerteza do que acontece até lá, escritórios de advocacia têm recomendado tentar antecipar exportações de modo que a mercadoria chegue à aduana americana antes da vigência da nova tarifa, além de uma revisão de uma revisão das estratégias de exportação e cadeias de suprimento para identificar riscos e evitar interrupções quanto a medida entrar em vigor.

“É uma medida horizontal e ainda está em aberto como será aplicada.” — Felipe Rainato.

Para Felipe Rainato, advogado e Gerente da área de Comércio Internacional do escritório Hondatar, essa é uma medida que deve afetar o Brasil independentemente do que o Itamaraty conseguir na negociação com Trump para amenizar a tarifa de 25%. “É uma medida horizontal e ainda está em aberto como será aplicada. Eles podem exigir, por exemplo, que uma autoridade certificadora no Brasil siga critérios extremamente rígidos.”

Rainato, do Hondatar, diz que uma medida como a de Trump no caso do aço pode resultar em excedentes nas cadeias produtivas. “O Brasil pode ter excesso de produção e não pode ter muito como escoar essa produção. Esse é um mercado com margens na origem muito estreitas e num cenário de excesso de estoque ou com falta de escoamento de produção, as empresas privadas sofrem muito na formação do preço, porque não conseguem colocar uma margem minimamente adequada para sustentar a operação. “A Produção chinesa de aço, porém, observar, pode ter condições de oferecer preços acessíveis. “Essa é uma das principais preocupações do Brasil.”

O inteiro teor da notícia está disponível através do link do jornal Valor Econômico, por Marta Watanabe — De São Paulo.

Fonte: Mais severa, taxação ao aço pelos EUA pode incluir novos itens | Brasil | Valor Econômico